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quinta-feira, 23 de junho de 2011

História sobre a Inquisição

A Documentação Inquisitorial como fonte para a Genealogia


Por Lina G. F. da Silva


“O Tribunal do Santo Ofício da Inquisição foi instalado na Espanha em 1478 e em Portugal em 1536”. Diversamente da Inquisição Medieval, não era mais uma instituição idealizada e dominada pelo Papa, mas pelos reis espanhol e português. As principais razões para seu estabelecimento podem ser encontradas no século XIV. Desde 1391 milhares de judeus, membros de comunidades estabelecidas na Espanha desde o século I – foram obrigados a se converter ao cristianismo ou seriam mortos – e muitos o foram, nos chamados "massacres de Sevilha". Havia então na Espanha três diferentes grupos de religiosos: os cristãos, os judeus e os conversos, e estabeleceu-se na Península Ibérica uma tradição herética. Alguns, depois de convertidos, se tornaram bons cristãos. Mas também havia aqueles que, convertidos por medo, continuaram a praticar a religião de seus antepassados em segredo. Em 1449 em Toledo, foram promulgados os Estatutos de Pureza de Sangue, que proibia os conversos de participar das corporações de ofícios, da Igreja, das Ordens Militares, impedia o acesso a cargos burocráticos e oficiais, e dificultava a entrada nas universidades. Ou seja, enquanto judeus, eram submetidos a uma legislação específica e restritiva. Como cristãos, deixavam de estar sujeitos a ela e podiam concorrer em condições de igualdade com os cristãos-velhos. Os Estatutos de Pureza de Sangue eram uma legislação de origem econômica, porém também racista, estabelecendo que os conversos (chamados cristãos-novos em Portugal) não eram iguais aos cristãos-velhos uma vez que o judaísmo era transmitido pelo sangue. Essa política racista quanto aos conversos, acusava todos de serem falsos cristãos. Refletia o conflito entre a burguesia cristã-velha e a burguesia cristã-nova, uma competição por mercado de trabalho, por mercados de comércio. Como judeus, estavam sujeitos à sua própria legislação, que nesse período era cada vez mais restritiva. Como conversos, eram cristãos, não estando mais sujeitos à legislação restritiva dos judeus; estavam em igualdade com os cristãos, e podiam então concorrer com eles em todos os campos. Daí a necessidade de uma legislação que limitasse a ação desses conversos. A política anti-judaica atingiu seu ápice em 1492, quando os reis católicos da Espanha deram aos judeus a alternativa de conversão ao cristianismo ou a expulsão do reino. O édito de expulsão foi emitido em 31 de março e tiveram prazo até o final de agosto para sair. Foram proibidos de levar quaisquer metais preciosos. O grande problema era para onde ir: haviam sido expulsos da França, Inglaterra e grande parte das cidades alemãs. Muitas cidades italianas não aceitaram receber os refugiados. Restava o norte de África, o Levante e Portugal. Muitos judeus preferiram à conversão, apesar do perigo que corriam sendo conversos, uma vez que o Tribunal do Santo Ofício da Inquisição, cuja função era verificar sua religião, já estava em plena atividade, tendo preso e penitenciado milhares de pessoas. A grande maioria dos judeus que deixaram à Espanha, cerca de 120 ou 100 000 judeus (segundo o cronista judeu Abraão Zacuto), foram para Portugal e mediante o pagamento de uma taxa por pessoa poderiam ficar durante oito meses. Findo esse prazo, o rei D.João II se comprometia a conseguir navios para sua partida. Muitos não conseguiram embarcar, e os que não pagaram por sua liberdade foram escravizados. Em conjunto com os judeus portugueses, formaram cerca de 10% da população portuguesa. Após a morte de D.João II subiu ao trono português D.Manuel – por razões do coração e de estado, quis se casar com a filha dos reis católicos de Espanha – e uma das condições impostas pelos espanhóis era que em Portugal não existissem mais judeus. D.Manuel promulgou um édito de expulsão – mas temendo perder repentinamente uma porção substancial de sua classe média e nascente burguesia, e sem ter uma população significativa de conversos (como acontecera na Espanha) que continuaria suas atividades, mudou sua política. Nessa época, os judeus representavam uma importante parcela da mão-de-obra portuguesa, como os ferreiros, essenciais na produção de armamentos para a guerra no norte da África, e mesmo para armar aqueles que participavam das grandes navegações. O rei imaginava que muitos judeus aceitariam a conversão voluntariamente, mas o medo de uma crise econômica foi maior. Em 1497, houve a conversão forçada de todos os judeus de Portugal, por ordem do rei D.Manuel, sem a opção de sair do Reino.   Continua na próxima semana.....

AINDA EM CONSTRUÇÃO

   
      Bem vindo aos apaixonados pela Historia da Família.
      Vamos hoje iniciar um projeto, que espero, possa ajudar a todos aqueles que desejam fazer sua historia familiar e principalmente auxiliar no trabalho do programa de enviar nomes ao Templo e de indexação.
O programa de indexação está coletando voluntários no mundo todo, para acelerar o trabalho de acesso às informações dos microfilmes postados pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para pesquisa genealógica.
      Vamos falar mais adiante também sobre todas essas facilidades e como podemos desmistificar o infundado trajeto das personalidades passadas que nos antecederam e poder compartilhar com elas das gloriosas bênçãos da eternidade.
      Neste blog muitas informações e termos usados, serão direcionados àqueles que são membros da Igreja SUD, mas isso não deixa vocês que não são membros de compreenderem as doutrinas ou obter informações sobre pesquisa genealógica para outros fins. A Igreja possui os CHF,  Centros de Historia da Família espalhados por todo o mundo para que todos, inclusive os que não são membros, possam ter acesso e pesquisar os microfilmes de registros de pessoas naturais.