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sábado, 14 de julho de 2012

O Judeu Luso-Espanhol, na Estrutura Social do Nordeste do Brasil. <--------Clique Aqui

Esse Blog é muito interessante não deixe de ver esse trabalho fascinante sobre a colonização do Nordeste.


O Judeu Luso-Espanhol, Sefardita,
na Estrutura Social do Nordeste do Brasil.

Os Ximenes de Aragão, os Drummond de Andrade e os Feitosa
Diante deste trabalho de indispensável leitura para o resgate da identidade histórica do Nordeste do Brasil, refém da estéril historiografia oficial, sempre a serviço dos aparelhos ideológicos de dominação social, eu procedi às atualizações desta minha crônica com citações e referências do ensaio de Caesar Sobreira. As quais vêm corroborar, em aspectos historiográficos e sociológicos, a minha livre dissertação.
Há outros grupos familiares, a exemplo dos Albuquerque, os quais tiveram a sua estrutura de clã prematuramente rompida; em conseqüência das perdas com a Guerra dos Mascates, 1710, e, em 1817, com a sucumbência da Confederação do Equador. Sendo estes episódios: as causas do empobrecimento e da desagregação de muitos dos ramos descendentes. A ascendência deste grupo é tratada neste blog: na crônica Proposopéia de necessária leitura.
Os Feitosa, com origens no Norte de Portugal: rincão de massiva ancestralidade judaica. Como registra Caesar Sobreira. Com passagem por Sirinhaén: Pernambuco. Onde se consorciaram aos Pais, ou Paes, Barreto. Na propriedade de partidos de cana-de-açúcar e de currais de gado no São Francisco. Região da cidade de Penedo; no atual Estado de Alagoas: a provocar especial interesse.
Despontando João Alves Feitosa: o mesmo João Cavalcanti. Pioneiro da pecuária vacum no Brasil. Patriarca da aristocracia pastoril. A melhor dizer: da “bovinocracia”. Chegado à colônia em 1650. Em companhia do seu irmão José Alves Cavalcanti. Recebendo, em 1680, sesmarias de 40 léguas em Araripecico, região da cidade de Penedo.
O seu filho Lourenço Alves Feitosa: o qual não deixou descendentes. Fez-se ao Ceará, em companhia do seu sobrinho Francisco: filho de Pedro Alves Feitosa. Lourenço acumulou o patrimônio inédito de 23 sesmarias ( cf. Tomaz Pompeu, Sesmarias Cearenses).

domingo, 10 de junho de 2012

COLONIZAÇÃO ALEMÃ em JUIZ DE FORA

Colonização Alemã em Juiz de Fora - MG

Colaboração de Aristoteles Rodrigues - email tote.rodrigues@terra.com.br



Juiz de Fora tem um forte contingente de alemães migrados no século XIX, através de Mariano Procópio, o visionário que construiu a Estrada União Indústria (Juiz de Fora-Petrópolis) e a primeira usina hidroelétrica da América do Sul, e que transformou esta cidade na Manchester mineira.
O fazendeiro e industrial visionário Mariano Procópio Ferreira Lage fundou a Companhia União & Indústria. Registre-se que religião nunca entrou em suas cogitações, pois Mariano Procópio estava interessado apenas na qualificação profissional dos que viriam. Vale lembrar que a mão de obra era escassa no Brasil, ainda fortemente escravagista naquela década do século 19. Ele construiu, às suas expensas, a Estrada União Indústria, ainda existente em sua totalidade, ligando Juiz de Fora (então, Paraibuna) a Petrópolis, estando porém hoje interrompida pela CONCER, que ergueu um posto de pedágio bem no encontro dela com a BR-040, estrada da qual comprou o uso. Os primeiros alemães que chegaram destinavam-se às oficinas da Companhia; o visionário também cuidava de suas propriedades, ainda que a história futura bem próxima tenha mostrado que ele não era tão bom administrador.

O primeiro embarque aconteceu na barca Teel, que saiu da Alemanha em 21 de abril de 1858, com 232 colonos (116 homens e 116 mulheres; do total, 145 protestantes e 87 católicos ) para a Companhia União e Indústria, tendo chegado ao Rio em 24 de maio. O segundo desembarque aconteceu em 25 de junho de 1858, também no Rio, com a barca Rhein: 182 colonos de ambos os sexos. O terceiro desembarque no Rio ocorreu em 25 de julho de 1858, trazendo 285 colonos na barca Gundela. O quarto, em 29 de julho de 1858, trouxe 249 imigrantes, pela barca Gessner. O quinto e último foi pela barca Osnabrück, que chegou em 3 de agosto de 1858, com 215 colonos.

De toda forma, registre-se que: Theel: 232 pessoas - 42 famílias - 2 solteiros Rhein: 182 pessoas - 32 famílias - 24 solteiros Gundela: 285 pessoas - 66 famílias - 12 solteiros Gessner: 249 pessoas - 43 famílias - 13 solteiros Osnarbrück: 215 pessoas - 42 familias - 11 solteiros

Do total: 635 católicos e 407 protestantes.

Esses alemães vieram à vontade, quanto a religião, o que criou um (hoje) divertido problema: onde enterrar os mortos não católicos, num país católico excludente? Foram doadas terras para dois cemitérios católico-protestantes, um atrás da Igreja da Glória, dos padres redentoristas, enorme, que foi dividido por um muro baixo, para que cada um enterrasse seus mortos em seu campo sagrado e não sagrado. O outro, no bairro de São Pedro, pequenino, teve a mesma disposição e função. A Igreja Luterana de Juiz de Fora tem os registros de óbitos e casamentos desde a imigração; o de nascimentos, lamentavelmente, foi queimado por uma imbecil secretária, porque estava com cupins (levou-o para o quintal, jogou álcool e botou fogo; os cupins também lhe estavam na cabeça).

A Igreja Metodista também possui um acervo razoável de memória, porque muitos protestantes procuravam-na, já que não havia pastor luterano por aqui. Por fim, a Igreja da Glória possui bons arquivos, também, quanto aos que vieram católicos. Acho que o assunto merece uma boa investigação, pois, ainda que sem excludência, os alemães ocupam, ainda hoje, os bairros da Borboleta e de São Pedro, predominantemente (sem exclusão, porque os casamentos aqui aconteceram de todos com todos).

Estas são as regiões de origem dos que emigraram para Juiz de Fora (passível de erros):
Baden, 147
Baviera, 26
Brunswick, 12
Dinamarca, 1
Franckfort, 15
Hamburgo, 13
Hannover, 22
Grão Ducado de Hessen, 335 pessoas
Hessen-Eleitoral, 20
Holstein, 155
Luxemburgo, 4
Meclemburgo, 10
Nassau, 15
Prússia, 147
Saxônia, 9
Saxônia-Weimar, 19
Schleswig, 26
Tirol (Áustria), 227
Würtenberg, 22
Nascidos no mar, 7
Total: 1170
Mortos durante as viagens, 7
Desertor durante a viagem, 1
Chegados: 1162


Fontes:
1) Luiz José Stehling, JUIZ DE FORA, A COMPANHIA UNIÃO E INDÚSTRIA E OS ALEMÃES, 1979, edição da Prefeitura de Juiz de Fora, FUNALFA.
2) Paulino de Oliveira, HISTÓRIA DE JUIZ DE FORA, 2a. edição, 1966 (creio que seja edição do autor, porque só consta a gráfica: Gráfica Comércio e Indústria Ltda., Juiz de Fora).
3) Jair Lessa, JUIZ DE FORA E SEUS PIONEIROS (DO CAMINHO NOVO À PROCLAMAÇÃO) - Ed. UFJF e FUNALFA, 1985.



Os links abaixo contam a história da imigração alemã em Juiz de Fora - MG. Elaborados por Aristoteles Rodrigues.

Colonização de Juiz de Fora - MG

Famílias alemãs em Juiz de Fora

Família Mitterhofer - descendentes de Peter Mitterhofer, chegado ao Brasil em 1858, se estabelecendo em Juiz de Fora.

COLONIZAÇÃO ALEMÃ - Lista de Passageiros com destino a VITORIA <- click

Navio CHRISTIANSAND comandado pelo capitão Gude, partiu de Hamburgo com destino Vitória em 2 de julho de 1858 com 176 passageiros a bordo.

Sobrenomes presentes na lista: Andres, Bachmann, Bolenz, Burkhard, Christ, Eissenlöffel, Friedrich, Fries, Gass, Hauerwass, Henn, Herkert, Holzschuh, Holzschuh, Huber, Huberti, Jäger, Jung, Kaiser, Kern, Kilian, Krein, Kunz, Lehr, Mann, Münch, Noel, Nussbickel, Pfeiffer, Schlitz, Schumacher, Spies, Steinmetz, Sulzbacher, Weiberich.

Navio Christiansand

Esta é a lista de passageiros do navio Christiansand que partiu de Hamburgo no dia 2 de Julho de 1858 com destino a Vitória, Brasil, comandando pelo capitão J.A.Gude.

Transcrição feita por Manfred Lewalter, Bingen-Dromersheim, Alemanha a partir do Hamburger Schiffs- und Passagierlisten 1850-1934.


# Sobrenome Nome Descendência Estado Profissão Idade Masc. Fem.
1 Spies Johann Laubenheim Hessen-Darmstadt Ackerbauer 52 X
2 Conjungala 52 X
3 Martin 28 X
4 Johann 20 X
5 Margaretha 25 X
6 Marianne 23 X
7 Barbara 14 X
8 Catharina 12 X
9 Elisabeth 9 X
10 Philipp 7 X
11 Hauerwass Sophia 36 X

12 Kaiser Jakob Dromersheim Rheinhessen Ackerbauer 43 X
13 Anna Maria 40 X
14 Philipp 12 X
15 Magdalena 9 X
16 Katharina 7 X
17 Elisabeth 5 X
18 Anna Maria 2 X

19 Pfeiffer Friedrich Dromersheim Rheinhessen Ackerbauer 56 X
20 Catharina 53 X
21 Anna Maria 25 X
22 Barbara 24 X
23 Juliana 20 X
24 Catharina 18 X
25 Lorenz 14 X
26 Karl Lorenz 5 X
27 Krein Franz 27 X

28 Huberti Friedrich Dromersheim Rheinhessen Zimmermann und Ackerbauer 41 X
29 Catharina 29 X
30 Johann 7 X
31 Schlitz Wilhelmine 17 X

32 Kern Heinrich Dromersheim Rheinhessen 33 X
33 Philippine 32 X
34 Anna Maria 5 X
35 Elisabeth 2 ¾ X

36 Eissenlöffel Carl Hallgarten Nassau Ackerbauer 40 X
37 Franziska 46 X
38 Catharina 18 X
39 Barbara 9 X
40 Margaretha 13 X
41 Franziska 5 X
42 Johann Bruder 46 X

43 Lehr Christian Hallgarten Nassau Ackerbauer 51 X
44 Catharina 54 X
45 Carl 22 X
46 Catharina 17 X
47 Peter 13 X
48 Andreas Bruder 39 X

49 Schumacher Nikolaus Hallgarten Nassau Ackerbauer 39 X
50 Rosine 42 X
51 Johann 13 X
52 Barbara 11 X
53 Daniel 9 X
54 Heinrich 4 X

55 Bachmann Johann Dienheim Nassau Ackerbauer 44 X
56 Charlotte 47 X
57 Joachim 18 X
58 Carl 16 X
59 Elisabetha 14 X
60 Weiberich Johann 20 X
61 Joseph 6 X

62 Friedrich Wilhelm Badenheim Hessen-Darmstadt Ackerbauer 56 X
63 Barbara 50 X
64 Heinrich 27 X
65 Johann 25 X
66 Caspar 24 X
67 Michael 23 X
68 Paul 21 X
69 Philipp 19 X
70 Georg 17 X
71 Bonifazius 16 X
72 Peter 13 X
73 Huber Dorothea 20 X

74 Steinmetz Wilhelm Alsenz Hessen-Darmstadt Ackerbauer 42 X
75 Christina 38 X
76 Adelheid 14 X
77 Elisabeth 11 X
78 Catharina 9 ½ X
79 Charlotte 7 X
80 Caroline 5 X
81 Carl 3 X

82 Gass Jakob Rhaunen Rheinpreussen Ackerbauer 51 X
83 Anna Elisabeth 46 X
84 Friedrich 20 X
85 Philipp 16 X
86 Peter 12 X
87 Dorothea 7 X
88 Elisabeth 3 X
89 Ludwig Säugling ¼ X

90 Christ Valentin Dexheim Hessen-Darmstadt Ackerbauer 35 X
91 Elisabeth 35 X
92 Heinrich 8 X
93 Johann 6 X
94 Maria 2 ¾ X

95 Holzschuh Peter Einbach Baden Ackerbauer 50 X
96 Anna Maria 43 X
97 Carl Ludwig 20 X
98 Eva 17 X
99 Wilhelm 12 X
100 Anton 9 ½ X
101 Holzschuh Wilhelm Limbach Baden 18 X

102 Münch Georg Langenelz Baden Ackerbauer 58 X
103 Veronika 48 X
104 Anna Maria 26 X
105 Veronika 22 X
106 Rosine 19 X
107 Leopold 17 X
108 Caroline 13 X
109 Wilhelm 9 X
110 Adam 4 X
111 Josef Säugling ¾ X
112 Kunz Johann 30 X
113 Noel Jacobine 18 X

114 Henn Valentin Oberneudorf Baden Ackerbauer 57 X
115 Margaretha 56 X
116 Josef 34 X
117 Franziska 32 X
118 Maria 29 X
119 Wilhelmine 1 ¼ X
120 Anna Maria 27 X
121 Catharina 21 X
122 Christian 25 X
123 Anton 18 X
124 Carl 14 X
125 Joseph 1 ¼ X

126 Herkert Franz Hettigenbeuern Baden Ackerbauer 52 X
127 Anna Maria 46 X
128 Catharina 18 X
129 Victoria 13 X
130 Maria 8 X
131 Franz 5 X

132 Andres Jakob Wöllstein Rheinhessen Ackerbauer 34 X
133 Eva 32 X
134 Johann 6 X
135 Christina 5 X
136 Philippina 3 X
137 Margaretha 2 X
138 Elisabeth Mutter 59 X

139 Jäger Paul Wöllstein Rheinhessen Ackerbauer 48 X
140 Elisabeth 48 X
141 Andreas 21 X
142 Christina 17 X
143 Barbara 15 X
144 Eva 13 X
145 Wilhelm 10 X
146 Elisabeth 8 X
147 Nussbickel Peter Zotzenheim Rheinhessen 24 X

148 Fries Christian Weinheim Hessen-Darmstadt Ackerbauer 49 X
149 Christine 49 X
150 Christian 7 X
151 Johann 5 X

152 Kilian Heinrich Nieder-Weinheim Rheinhessen Ackerbauer 56 X
153 Elisabeth 56 X
154 Heinrich 19 X
155 Barbara 17 X
156 Anna Maria 16 X
157 Burkhard Johann 27 X

158 Sulzbacher Conrad Niederkumbd Preussen Ackerbauer 24 X
159 Elisabeth 29 X

160 Jung Conrad Nieder-Weinheim Hessen-Darmstadt Ackerbauer 42 X
161 Barbara 44 X
162 Wilhelm 10 X
163 Jacob 9 X
164 Heinrich 4 X

165 Mann Johann Laubenheim Rheinhessen Ackerbauer 56 X
166 Anna 54 X
167 Christina 25 X
168 Sebastian 19 X
169 Barbara Enkel 2 ¾ X
170 Adam Vater 28 X
171 Barbara 16 X

172 Bolenz Michael Nieder-Ingelheim Hessen-Darmstadt Ackerbauer 32 X
173 Juliane 42 X
174 Franz 15 X
175 Margarethe 13 X
176 Philipp 9 X

segunda-feira, 30 de abril de 2012

MUSEU EMIGRANTES <--------- acesse aqui


Um Museu de âmbito nacional constituído por Núcleos Museológicos e Sítios Históricos da Emigração e do Retorno, instalados em espaços físicos temáticos.Estes organizam um museu polinucleado e um itinerário desenhado para a valorização de espólios e das memórias associadas às migrações.

Nestes lugares e sítios encontram-se os acervos documentais e museológicos de cada um dos pólos, dando aos contextos de origem a compreensão dos factores de emigração.
Neles se evidenciam os quadros de risco inscritos nos processo da viagem como sendo o momento da ruptura cultural.
Procuramos ainda mostrar as expressões da vivência no exterior, bem como aquelas que ocorreram em tempo de retorno por serem uma das mais expressivas visibilidades das suas trajectórias.
Por outro lado, como espaço comunicacional, o MUSEU está apoiado numa plataforma de informação e de dinamização de actividades de pesquisa, tendo como destinatários privilegiados os migrantes, descendentes e associações, nele envolvendo os estudiosos que centram os seus trabalhos nesta área temática, bem como aqueles que se encontram exilados ou refugiados, fundada em 12/07/2001
Inscreve as suas principais finalidades na perspectiva do conhecimento da emigração portuguesa, nela incluindo o fenómeno que se verificou para a África, bem como aquele que se verifica nos nossos dias, detendo-se, particularmente:
na emigração para o Brasil (séc. XIX e primeiras décadas do XX)
na emigração para os países Europeus (2.ª metade do séc.XX)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Genealogia dos MARQUARDT e LUDKE, ULRICH, MULLER e RIETH de Erechim - RS Imigração RUSSA. <----- click no texto


Neste site voce encontra um pouco da história de Erechim e as primeiras familias que imigraram da Rússia para o Brasil.

FONTES PARA A GENEALOGIA: O PROCESSO DE HABILITAÇÃO DE CASAMENTO - SÃO MARCOS VERANÓPOLIS RS <------ Click no texto e abra a página

Na revista do CEKAW de número três iniciou-se a transcrição das habilitações de
casamento de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis, encerrando-se na de número cinco, relativamente
aos imigrantes poloneses, russos e alemães.
Nesta edição, embora existam processos do segundo distrito de Veranópolis já compilados e
inéditos, optou-se por publicar os feitos da colônia de São Marcos, enquanto sétimo distrito de São Francisco de Paula, existentes no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul, também núcleo de imigração polonesa.
Créditos
Por Diego de Leão Pufal, bacharel em Direito e Genealogista.
diegopufal@gmail.com - http://pufal.blogspot.com